1- Cite um dos processos mais debatidos de dominação da população nativa.
2- Com o que os espanhóis se depararam quando chegaram "aqui" ?
3- Para que a dominação hispânica agia?
4- O que os colonizadores fizeram depois da conquista?
5- O que deu o fim à colonização?
6- O que a independência significava para os negros do Haiti?
7- O que aconteceu no fim do século XVIII nas terras do atual Peru?
8- Quem foi o último imperador inca?
9- Qual foi a revolta de Túpac Amaru?
10- Quem deu a ordem para Hidalgo ser fuzilado?
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Colonização espanhola
A expansão do comércio europeu, a partir do século XV, impeliu várias nações europeias a empreenderem políticas que visassem ampliar o fluxo comercial como forma de fortificar o estado econômico das nascentes monarquias nacionais. Nesse contexto, a Espanha alcança um estrondoso passo ao anunciar a existência de um novo continente à Oeste. Nesse momento, o Novo Mundo desperta a curiosidade e a ambição que concretizaria a colonização dessas novas terras.
Ao chegarem por aqui, os espanhóis se depararam com a existência de grandes civilizações capazes de elaborar complexas instituições políticas e sociais. Muitos dos centros urbanos criados pelos chamados povos pré-colombianos superavam a pretensa sofisticação das “modernas”, “desenvolvidas” e “civilizadas” cidades da Europa. Apesar da descoberta, temos que salientar que a satisfação dos interesses econômicos mercantis era infinitamente maior que o valor daquela experiência cultural.
Um dos mais debatidos processos de dominação da população nativa aconteceu quando o conquistador Hernán Cortéz liderou as ações militares que subjugaram o Império Asteca, então controlado por Montezuma. Em razão da inegável inferioridade numérica, nos questionamos sobre como uma nação de porte tão pequeno como a Espanha foi capaz de impor seu interesse contra aquela numerosa população indígena.
Para explicarmos essa questão, devemos avaliar uma série de fatores inerentes a essa terrível e violenta experiência que marca o passado americano. Primeiramente, frisamos a superioridade bélica dos europeus, que contavam com potentes armas de fogo e atordoavam os nativos que se deparavam com a inédita imagem de homens montados em cavalos. Ao mesmo tempo, o próprio contato com os europeus abriu caminho para a instalação de epidemias que matavam as populações nativas em poucos dias.
Enquanto o confronto e a doença funcionavam como importantes meios de dominação, devemos também dar a devida importância a outra estratégia espanhola. Em alguns casos, os espanhóis instigavam o acirramento das rivalidades entre duas tribos locais. Dessa forma, depois dos nativos se desgastarem em conflitos, a dominação hispânica agia para controlar as tribos em questão.
Depois da conquista, os colonizadores tomaram as devidas providências para assegurar os novos territórios e, no menor espaço de tempo, viabilizar a exploração econômica de suas terras. Sumariamente, a extração de metais preciosos e o desenvolvimento de atividades agroexportadoras nortearam a nova feição da América colonizada. Para o cumprimento de tamanha tarefa, além de contar com uma complexa rede administrativa, os espanhóis aproveitaram da mão de obra dos indígenas subjugados.
Somente na passagem dos séculos XVIII e XIX, momento em que a Revolução Industrial e o Iluminismo ganhavam forma, observou-se o fim da exploração colonial. Os processos de independência desenvolvidos por todo o continente abriram caminho para a formação de um grande mosaico de nações e Estados que deram fim à colonização. Contudo, os vindouros problemas mostraram que existia um longo caminho a se trilhar em busca da tão sonhada soberania.
Ao chegarem por aqui, os espanhóis se depararam com a existência de grandes civilizações capazes de elaborar complexas instituições políticas e sociais. Muitos dos centros urbanos criados pelos chamados povos pré-colombianos superavam a pretensa sofisticação das “modernas”, “desenvolvidas” e “civilizadas” cidades da Europa. Apesar da descoberta, temos que salientar que a satisfação dos interesses econômicos mercantis era infinitamente maior que o valor daquela experiência cultural.
Um dos mais debatidos processos de dominação da população nativa aconteceu quando o conquistador Hernán Cortéz liderou as ações militares que subjugaram o Império Asteca, então controlado por Montezuma. Em razão da inegável inferioridade numérica, nos questionamos sobre como uma nação de porte tão pequeno como a Espanha foi capaz de impor seu interesse contra aquela numerosa população indígena.
Para explicarmos essa questão, devemos avaliar uma série de fatores inerentes a essa terrível e violenta experiência que marca o passado americano. Primeiramente, frisamos a superioridade bélica dos europeus, que contavam com potentes armas de fogo e atordoavam os nativos que se deparavam com a inédita imagem de homens montados em cavalos. Ao mesmo tempo, o próprio contato com os europeus abriu caminho para a instalação de epidemias que matavam as populações nativas em poucos dias.
Enquanto o confronto e a doença funcionavam como importantes meios de dominação, devemos também dar a devida importância a outra estratégia espanhola. Em alguns casos, os espanhóis instigavam o acirramento das rivalidades entre duas tribos locais. Dessa forma, depois dos nativos se desgastarem em conflitos, a dominação hispânica agia para controlar as tribos em questão.
Depois da conquista, os colonizadores tomaram as devidas providências para assegurar os novos territórios e, no menor espaço de tempo, viabilizar a exploração econômica de suas terras. Sumariamente, a extração de metais preciosos e o desenvolvimento de atividades agroexportadoras nortearam a nova feição da América colonizada. Para o cumprimento de tamanha tarefa, além de contar com uma complexa rede administrativa, os espanhóis aproveitaram da mão de obra dos indígenas subjugados.
Somente na passagem dos séculos XVIII e XIX, momento em que a Revolução Industrial e o Iluminismo ganhavam forma, observou-se o fim da exploração colonial. Os processos de independência desenvolvidos por todo o continente abriram caminho para a formação de um grande mosaico de nações e Estados que deram fim à colonização. Contudo, os vindouros problemas mostraram que existia um longo caminho a se trilhar em busca da tão sonhada soberania.

Lutas Sociais no Peru
Para os negros do Haiti, a independência significava antes de mais nada o fim da escravidão. Para outros povos oprimidos, como os índios e os mestiços do México e do Peru, significava sobretudo o fim dos serviços obrigatórios gratuitos e dos maus-tratos a que eram submetidos nas fazendas e minas. Tinham ainda de pagar impostos para a Espanha e o dízimo para a Igreja. Como não ganhavam o suficiente para pagar nem as mercadorias de que necessitavam nem os impostos, acabavam pagando com serviços. A discriminação que sofriam por parte dos brancos tornava sua vida ainda mais difícil.
Em fins do século XVIII, nas terras do atual Peru, um mestiço chamado, José Gabriel Condorcanqui liderou a revolta contra essa situação. Descendente de uma antiga família inca, José Gabriel, que era muito respeitado entre os nativos, tornou-se conhecido como Túpac Amaru, nome do último imperador inca.
A Revolta de Túpac Amaru foi um movimento popular que teve a participação de mais de 50 mil pessoas, entre índios, mestiços e poucos criollos.
O movimento estendeu-se por várias regiões do Vice-Reino do Peru. Os rebeldes obtiveram vitórias significativas contra as forças coloniais no Peru, mas acabaram derrotados. Em 1781, Túpac Amaru foi degolado e esquartejado na praça central da cidade de Cuzco.
Vários fatores contribuíram para a derrota, sobretudo a inferioridade bélica e a falta de apoio da maioria dos criollos. Os criollos eram contrários ao domínio espanhol, mas apesar disso desejavam manter a exploração do trabalhador indígena. Até hoje há controvérsias entre os historiadores sobre os objetivos dessa revolta. Para alguns, os rebeldes desejavam apenas a melhoria das condições de vida dos índios e mestiços; para outros, foi uma luta pela independência.
Enquanto os negros do Haiti lutavam por liberdade e os índios de Peru exigiam o fim da exploração dos trabalhadores, no México os camponeses, liderados por padres humildes, clamavam por terra para plantar.
Independência com divisão da terra entre os pobres foi o que moveu os camponeses mexicanos a lutar sob a liderança dos padres Miguel Hidalgo e José Maria Morelos. Apesar de serem padres, esses líderes proclamavam que as terras da Igreja também deveriam ser divididas entre os pobres.
Em 1810, um exército de camponeses pobres liderado pelo padre Hidalgo sublevou-se (revoltou-se) carregando estandartes de Nossa Senhora de Guadalupe, uma Virgem mestiça, morena como milhões de nativos do México. Hoje, a Virgem de Guadalupe é um símbolo do México.
Os rebeldes conquistaram algumas cidades, mas acabaram derrotados. Hidalgo foi fuzilado por ordem dos criollos e chapetones, que se uniram para reprimir o movimento, que punha em risco seus privilégios.
A luta foi retomada em 1812, sob a liderança do padre Morelos. Os revoltosos chegaram a tomar o poder e a romper com a Espanha. Uma vez mais, porém, a elite criolla uniu-se aos espanhóis e massacrou os rebeldes. O padre foi morto em combate.
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